quinta-feira, 18 de julho de 2013

dos joelhos e dos traumas


os peixes também sangram. um maxilar bem desenhado. rectângulo. joelhos traumatizados. narrar um rasgo laranja-amarelo no horizonte que não se mexe e ser brindada com visões poéticas de pessoas com menos de um década. os políticos iniciam as campanhas que nos jornais são traduzidas para corridas e de repente estamos todos a observar uma maratona. continuo na observação do movimento, dos movimentos. na prática. um monte de roupa enlaçado em dois cestos e a minha vontade em atirar-me lá para cima, gritar um pouco, lançar ao ar. made in china e um desafio para 30 dias. caminhar pelas ruas sentindo a potencialidade dessas ruas sentindo até um pedaço de medo sentindo até um pedaço de calor-frio sentindo até uma vontade de construir. construir reconstruir. continuar. rotando. mas uma tese não se escreve sozinha. há também grades que precisam de derreter. ainda. muitas. e as velas parecem ser cada vez menos. as pessoas caminham em silêncio, olham-se em silêncio, algumas já não se olham. são amigas no facebook mas não se cumprimentam na rua. uma canção. a violência de uma dança. a violência da não-violência. uns joelhos traumatizados. uma viagem a adivinhar-se uma aventura inominável. rectângulo redondo dentro de um mapa. traumas. mercadoria. projectos. desenhos. maxilar. ossos. roupa. corpo. documento. segredo.

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