quinta-feira, 2 de agosto de 2012

do vinte e três ao vinte e sete


digo-lhes: os egípcios acreditavam que o corpo era um abrigo temporário para uma alma. as crianças brincam com as palavras como borboletas e carrinhos de linhas. durante o dia cosem as palavras umas às outras numa não-lógica própria e mostram-me imagens que desconhecem mas que estão a descobrir. à noite, um olhar é um abraço. um abrigo ou desafio. não há espaço para os órgãos. apenas empurrões constantes por dentro. estômago avariado. um corpo pasmado com a força de um braço agarrado a outro. duas mãos na testa. o centro. respiração:


centro-te, na vez de sinto-te.





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