O medo nasce atrevidamente das minhas mãos alastrando pelos braços até me chegar à língua. os dedos prendem e castram as letras que verdadeiramente se queriam fazer ouvir. a língua presa, fazendo estalido contra o céu da boca na esperança de que alguém a solte. a auto-censura é a pedra que apetece atirar à própria cabeça. para dar um tempo, para contrariar o tempo, vou passar os próximos dias a trabalhar sobre o preto e o branco. sem deixar de sentir o sangue vermelho por dentro. sem esquecer as cores de dentro. mas mostrando o branco por fora. pintado de preto.
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