alguém escreveu num papel e afixou na parede da sala: o amor é o coração bater muito depressa. e o meu coração bate sempre muito e muito depressa. regressei às raízes, viajei rumo ao douro, onde o coração amplia, ganha espaço, suaviza. ali o amor é feito de ar. não há serra como esta. nem carinho como este. no retorno, a(s) possibilidade(s). infinitas possibilidades - ficar ou partir. fui relembrada da efemeridade da vida. uma estrela ficou mais brilhante por uma alma que partiu cedo demais. tanto para aprender ainda. tantos abraços para dar e o desejo de que nenhum seja adiado. e há tanto para fazer. sempre tanto por fazer. fecho os olhos e vejo paisagem. vejo a efemeridade das paisagens e dos rostos. quantos rostos sei ainda desenhar perfeitos por debaixo das pálpebras? quantos contornos falharei? quantas memórias conseguirei guardar? quantas vezes baterá ainda o meu coração, que bate sempre tão depressa, por dor ou amor. guardarei todos os sorrisos. incluindo o da c. como o mais precioso tesouro.
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