segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

do afundar-se


"Olhou à sua volta. «As casas...», pensou compassivo, e encolheu os ombros. As casas pareciam-lhe manter-se erguidas indevidamente, com uma espécie de coerência e estabilidade desajeitadas. As pessoas, atrás das janelas, levavam objectos de um lado para o outro, pondo as mesas para o jantar. «Como se alguém se preocupasse em fazer a cama numa cabine de um barco que está a afundar-se», pensou."

em A Ilha, de Sándor Márai

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