sexta-feira, 1 de junho de 2012


não me lembrava já do que era ter insónias. as paredes brancas são eternas. o escuro também, mesmo de olhos abertos. e o calor, que fica de uma parede à outra. sonho com umas mãos que ainda não conheço bem. não sonho com nada. sonho com coisa nenhuma. coisas umas em cima das outras. empilhadas. ninguém passa na rua, não são horas de passar na rua. não são horas de alguém dizer para me ir embora. olha, vai-te embora, obrigadinha e vai-te embora. Depois de meses de encalço de beleza. Olha, agora vais-te embora. Não vales nada, percebes? Isso não é para ninguém. Não são horas de ninguém passar na rua.

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