«Num romance temos de usar palavras constantemente. Numa peça de teatro podemos usar pausas, cortes e silêncios. É daquilo que não é dito que quero falar, mesmo na minha prosa. Isso foi uma revelação para mim. Sento-me e escuto. Escrevo a partir do que oiço. Não conhecia esta história nem estas duas figura antes de escrever a peça. Isso é o mais interessante: mergulho no desconhecido e regresso com algo que desconhecia anteriormente. Quando era mais jovem não acreditava em nada. Hoje sou um cristão e um místico. O que mudou foi a escrita. Escrever é uma experiência religiosa, sem dúvida. Não sei de onde vêm as palavras. Tudo o que posso comprovar é que as escrevi. Mas não consigo explicar de onde emanam. Não sei quem sou.»
Jon Fosse
a propósito da sua peça I am the Wind