domingo, 11 de julho de 2010

depois de entrar numa sala


A destruição da educação e da cultura. O questionamento. As guerras pessoais e colectivas. A subjectividade. A imagem. A violência. O carinho. A beleza de uma estética que tanto acaricia como agride. A farinha que atravessa os dedos, que se mistura com o leite, que é mexida até se transformar em máscara. Eles no vídeo. Eles vinte anos mais novos. Eles, os lutadores, os criadores, os inovadores, a fecharem a porta, a despirem o casaco, a fecharem os olhos. A desistir – a matar Shakespeare. No fim disse-lhe: isto mudou a minha vida. Antes das 19h00 do dia 10 de Julho de 2010 era uma outra pessoa. Mergulho nas imagens, mergulho nos sons, nos elogios e nas bofetadas. Quanto à lição que aprendi, vou guardá-la no coração. Bem como o seu sorriso e olhos brilhantes, quase em lágrimas, eu senti. As minhas mãos tremiam, mais uma vez, tremiam, as minhas e as dela.

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