os olhos fixos. o que vês? na escuridão da casa com as pálpebras encerradas sem qualquer golpe de luz, o coração nervoso e as mãos suadas. o que vês? os pássaros. o amor que te tinha e trazia dentro da minha barriga, rompeu-se, perdi-o. está algures em mim. sim, mas diz-me, o que vês? 90 a caírem em simultâneo num caminho enlameado, imaginas? quero correr e fugir daqui para bem longe. parece que não vou conseguir acordar nunca. um peso infernal na cabeça. as persianas corridas, o chão de madeira esburacado com marcas de pequenos dentes, velas, escadas, carcaças. vejo pássaros, ali.
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