o retrato íntimo do amor.
a força pungente e contundente de uma mulher que tem ideias para a vida.
a coragem e a delicadeza de um homem que tem ideias para romances.
o mundo e a sua angústia.
o pulso.
as veias das mãos.
O cabelo desgrenhado e a caneca com o chá acabado de ferver entre as mãos. A cabeça encostada na ombreira. As árvores a bailarem lá fora. O gato empoleirado nos ombros espreita o pássaro que se atreve nos seus primeiros voos. O sol de inverno deixa adivinhar um dia frio e pousado. O coração que se esconde atrás deste corpo/parede bate agora no seu ritmo normal. Os pensamentos fugidíos têm agora tempo para fugir para onde quiserem. Penso na terra. Penso nos pés a andarem por essa terra. Penso numas galochas. Penso na lista para o novo ano que aqui vem. As ideias são sempre muitas e não posso mesmo deixar que todas elas me fujam.
sábado, 18 de dezembro de 2010
quase tudo se compõe. as flores na jarra. o bocejo lento. os papéis nas gavetas. o gato a trepar a árvore. as luzes. a manta verde sobre os joelhos. as dores nos pulsos e tornozelos. as frieiras. a serra. os tapetes. a água gelada. o azul. os versos. e o quase, quase do novo ano. mas antes disso, quero terminar de tecer este, assim, como nada e quase tudo.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
hoje mais serena. que seja o que o coração quiser.
o pai toxicodependente. o filho institucionalizado. em primeiro, o abandono. em segundo, o perdão. não queria explicar mais do que isto. apenas acrescentar que há testemunhos que me abrem os olhos para além do azul e que me inspiram a lutar pela educação neste país. mesmo.